Le marronnage à Bourbon/La Réunion (O marronnage (fuga de escravos) em Bourbon/Reunião)

Um artigo escrito por Prosper Eve, Professor de História Moderna, Universidade da Reunião.

Rymning. 1896. Em Kampen för och emot negerslafveriet;
ett blad ur Förenta Staternas historia.
Col. Schomburg Center for Research in Black Culture, Jean Blackwell Hutson Research and Reference Division, Sc 326.973-B

Os escravos eram recrutados pela sua força de trabalho, pelos seus braços. Não tinham direito a fazer uso da palavra. Dessocializados, despersonalizados, desumanizados, eram assim invisibilizados. Fazem parte da História e, no entanto, não tinham qualquer controlo da sua história, porque o direito os definia como um bem móvel, como propriedade de um senhor. Todavia, ao decidirem abandonar o seu local de trabalho rumo às montanhas mais recônditas quando estavam descontentes com a sua sina, eram alvo de debate, tornavam-se visíveis. Alguns dos pioneiros a abraçarem esta forma de contestação conseguiram gravar a sua história na pedra. A rocha torna-se escrita. A rocha torna-se escrita — é de notar que é este o verdadeiro sentido do topónimo Roche Écrite (Rocha Escrita) —, a rocha torna-se o livro da história deles.

Partilhar esta página
nas redes sociais