As famílias vendidas como «bens nacionais» na ilha da Reunião durante a Revolução Francesa
Um artigo redigido por Nathan Elliot Marvin, historiador na Universidade do Arkansas em Little Rock.
Em 1789, a Assembleia nacional constituinte em Paris tomou posse dos bens da igreja católica em França. Nas colónias, esses bens incluíam milhares de escravos que viviam nas propriedades pertencentes às instituições religiosas ou por elas geridas.
Em 1793, na ilha da Reunião, mais de 300 escravos de padres lazaristas foram repertoriados como «bens nacionais» e vendidos em hasta pública, sob a direção de um comissário civil enviado pela Primeira República.
O presente artigo analisa as vivências dessas pessoas, trazendo à luz as suas vidas quotidianas nas «propriedades eclesiásticas» antes do período revolucionário, os seus atos de resistência, bem como os seus esforços para conservar os laços familiais não obstante as vendas forçadas.