Inicialmente pertencente à família Desforges-Boucher, a propriedade partilha a sua história com a de outras propriedades Desforges-Boucher que, através da cultura do café e da produção de géneros alimentícios, encarnavam as opções económicas efetuadas pela Companhia das Índias.
Nessa altura, já existia uma casa senhorial com pátio e dependências, incluindo um acampamento de escravos, na fronteira entre a savana e os campos cultivados.
Quando a propriedade passou para a posse dos Murat e, depois, dos Hoareau no século XIX, a atividade cafeeira desvaneceu-se, dando lugar à produção de açúcar. De 1834 (ano da criação da fábrica de açúcar) a 1897 (ano do seu encerramento), esta mudança de programa de cultivo conferiu à herdade uma dimensão industrial. A cana e o açúcar passaram, então, a pautar a vida quotidiana desta antiga propriedade colonial.
Última família notável da Maison Rouge, os Bénards mantiveram o esplendor da propriedade até à morte de Fernande Bénard em 1971. Nos anos 70 e 80, a propriedade foi sendo desmantelada e o município adquiriu a casa e as savanas circundantes com vista a explorar o seu valor cultural.